AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS (COVID-19) EM UMA AMOSTRA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Palavras-chave:
Covid-19, Qualidade do sono, Estudantes de medicinaResumo
RESUMO
Introdução: o surto global do COVID-19 ocasionou impactos sociais, econômicos e do ponto de vista de saúde publica em toda população mundial. As queixas relacionadas ao sono são recorrentes nos indivíduos em geral e no período de pandemia do COVID-19 houve um aumento significativo das mesmas. Sabe-se que o sono desempenha diversas funções homeostáticas e reguladoras do corpo humano, e mudanças em seu padrão está associado ao desenvolvimento de algumas patologias, tais como transtornos psiquiátricos.Dessa forma torna-se importante avaliar a qualidade do sono durante a pandemia. Objetivo: esse estudo visou avaliar
o impacto do surto de Covid-19 na qualidade do sono dos estudantes de medicina. Método: trata-sede um estudo é um coorte retrospectivo em que o sujeito foi o aluno do curso de medicina da faculdade de medicina, Univaço, situada em Ipatinga-MG. A coleta de dadosfoi via Google Forms pormeio do Inventário deQualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) para classificar a qualidade do sono em dois períodos, antes e durante a pandemia. Resultado: foram registradas 362 respostas. Dessas, 252 (69,61%) foram do sexo feminino e 110 (30,38%) masculino. Em relação ao estado civil, 327 (91,43%)se declararam solteiros ou divorciados e 32 (8,8%) casados ou em união estável. A idade mediana dos participantes foi de 23 anos (18 – 45), sendo 31 (8,56%) com idade entre 18 e 19 anos, 285 (78,72%) de 20 a 29 anos e 45 (12,43%) com idade maior que 30 anos. A chance de ter mulheres com qualidade do sono prejudicada, é quase o dobro em relação aos homens. O período do curso mostrou uma tendencia de agravo na qualidade do sono ao avanço da graduação, não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre qualidade do sono o estado civil e a idade dos participantes. Na comparação da qualidade do sono antes e durante a pandemia, 41 alunos mantiveram a mesma qualidade de sono e 32 melhoraram e 289 apresentaram piora. Conclusão: conclui-se que a qualidade do sono dos estudantes de medicina, piorou significativamente durante a pandemia, com destaque para o gênero feminino. Vê-se que a situação atípica da pandemia, que provocou muitas mudanças na rotina de todos as pessoas, afetou de forma importante o sono dos estudantes. O que é preocupante tendo em vista que a má qualidade do sono reflete negativamente em vários desfechos clínicos,sendo imprescindível uma intervenção da universidade, com a finalidade de reverter o quadro.
Palavras-chave: Covid-19. Qualidade do sono. Estudantes de medicina.