PARALISIA CEREBRAL: um estudo sobre prevalência e etiologia

Autores

  • Daniela Gonzalez Mendes
  • Deise Nogueira Teixeira
  • Josué Gomes de Vasconcellos Neto
  • Lorena Corrieri Praça Figueiredo
  • Patrícia Gonçalves da Motta
  • Jaqueline Melo Soares

Palavras-chave:

Paralisia cerebral, Encefalopatia crônica não progressiva, Distúrbio de desenvolvimento

Resumo

RESUMO
Introdução: a Paralisia Cerebral (PC) é um distúrbio não progressivo da postura, do desenvolvimento e do movimento, decorrente de uma lesão no encéfalo podendo resultar em comprometimentos neuromotores e da inteligência, sendo que existem diferentes níveis de acometimento. Objetivo: analisar as causas pré, peri e pósnatais que levaram ao desenvolvimento da paralisia cerebral, assim como a sua prevalência nos portadores da APAE de Ipatinga, MG. Método: foram revisados 101 prontuários com diagnóstico de PC, dos quais 52 foram selecionados para a pesquisa. Foram verificados fatores relacionados as condições maternas na gestação
(como realização de pré-natal, intercorrências e uso de substâncias tóxicas na gestação) e variáveis abordando condições da criança (como parâmetros do RN, idade gestacional ao nascimento, realização de testes de triagem neonatal e infecções nos primeiros meses de vida). Resultados: verificou-se que 69% das mães realizaram o pré-natal, 40% realizaram o ultrassom obstétrico e 81% dos laudos não constam alterações neste exame de imagem. 54% das mães informaram não ter usado drogas/álcool durante a gestação, enquanto 8% fizeram uso de cigarro. 15% das gestantes apresentaram, no final da gestação, contrações uterinas e 12% mal-estar,
procurando atendimento médico. Na maioria dos casos estudados a via de parto foi feito por cesárea. Em relação aos dados coletados sobre as condições das crianças com diagnóstico de PC, verificou-se que 25% dos RN não choraram ao nascer e que 33% nasceram cianóticos. Foi observado que 20% nasceram antes de completarem 37 semanas e 8% das crianças tiveram resultados alterados na triagem neonatal. No que se refere às atividades de vida diária, destaca-se que a maioria das crianças apresenta grande comprometimento cognitivo e necessita de ajuda para realizá-las. Conclusão: os resultados do presente estudo fornecem dados regionais sobre alguns fatores associados à PC. Entre os fatores de risco maternos destacam-se a hipertensão arterial e o uso de substâncias tóxicas na gestação. Algumas características do RN também se destacam, como, hipoxemia perinatal, prematuridade e baixo peso ao nascimento. Por fim, os dados colhidos podem ser somados a bancos de dados atuais e pesquisas futuras.
Palavras-chave: Paralisia cerebral. Encefalopatia crônica não progressiva. Distúrbio de desenvolvimento.

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Publicado

2023-06-01

Como Citar

Gonzalez Mendes, D., Nogueira Teixeira, D., Vasconcellos Neto, J. G. de, Praça Figueiredo, L. C., Gonçalves da Motta, P., & Melo Soares, J. (2023). PARALISIA CEREBRAL: um estudo sobre prevalência e etiologia. Revista Afya Ipatinga De Medicina E Saúde, 2(01). Recuperado de https://revistaunivaco.emnuvens.com.br/revista/article/view/31