INIBIDORES DE SGLT2 NO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2: revisão descritiva de literatura
Palavras-chave:
Diabetes Mellitus 2, SGLT2i, TratamentoResumo
Resumo
Introdução: Diabetes Mellitus é uma doença crônica multifatorial desencadeada por várias doenças genéticas e/ou fatores ambientais, tendo forte herança familiar e frequência variada entre etnias. A Organização Mundial da Saúde calcula que, em 2019, cerca de 422 milhões de pessoas vivem com a patologia, sendo que a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90-95% dos casos. A terapia farmacológica de primeira linha para portadores de DM2 é bem estabelecida com metformina, contudo, inibidores do co-transportador sódio-glicose 2 (SGLT2i) destacaram-se no tratamento da DM2. Objetivo: avaliar níveis de evidência na literatura e sumarizar os achados terapêuticos com SGLT2i, com relação à eficácia, prognóstico, fatores adversos e benefícios cardiovasculares e renais. Ademais, busca-se identificar o perfil dos pacientes que tem mais benefícios com o uso de SGLT2i, bem como ações bioquímicas e farmacológicas e fatores de risco relacionados a esta classe. Método: trata-se de uma revisão descritiva de literatura, incluindo artigos científicos em língua portuguesa e inglesa, publicados de 2014 a 2020, selecionados nas plataformas PubMed,
SciELO, Latindex e LILACS. Guidelines da Sociedade Brasileira de Diabetes, Ministério da Saúde, American Diabetes Association, International Diabetes Federation e European Association for the Study of Diabetes também foram analisados. Desenvolvimento: a clínica clássica de DM2 é caracterizada por polidipsia, polifagia e emagrecimento sem explicação. Em relação aos resultados cardiovasculares, notou-se redução da HbA1c, peso, pressão arterial, redução na taxa de morte cardiovascular e hospitalização por insuficiência cardíaca. Nos desfechos renais, notou-se efeito renoprotetor, redução na necessidade de diálise e transplante renal, no aumento da creatinina sérica e nas complicações agudas das doenças crônicas renais.
Evidenciou-se também redução de diálise crônica, transplante renal e taxa de filtração glomerular. Os principais efeitos adversos com uso de SGLT2i são balanopostites e vulvovaginites fúngicas, seguidas por infecções do trato urinário. Conclusão: esta revisão de literatura confirma o papel importante dos SGLT2i na redução de mortalidade e hospitalizações por causas cardiovasculares e renais em pacientes diabéticos, incluindo causas como insuficiência cardíaca, AVE, IAM, diálise crônica e doenças renais agudas.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus 2. SGLT2i. Tratamento